‘A mulher do fim do mundo’, 34º disco da longeva carreira de Elza Soares,
arrebatou corações e mentes. Com sua voz muitas vezes no limite, a mulata
desfila seu dramático enredo acompanhada pelo produtor Guilherme Kastrup e por
uma turma de excelentes músicos da cena paulista atual. “Me deixem cantar até o
fim”, clama Elza na faixa-título do álbum que não tem senões. Todas as faixas
são ótimas e impactantes, de ‘Coração do mar’ (Oswald de Andrade/ José Miguel
Wisnik) a ‘Comigo’
(Romulo Fróes/ Alberto Tassinari). Dura na queda, Elza Soares mais uma
vez deu a volta por cima e gravou o grande disco de 2015.
“Quando eu não puder pisar mais na Avenida/ Quando as minhas pernas não puderem aguentar/ Levar meu corpo junto com meu samba/ O meu anel de bamba/ Entrego a quem mereça usar”. Ao lançar seu primeiro disco, ‘A voz do samba’, em 1975, Alcione viu os versos melancólicos de ‘Não deixe o samba morrer’ (Edson Conceição/ Aloísio Silva) ganharem o país, tornando-se o primeiro sucesso da jovem cantora. Radicada no Rio de Janeiro desde 1967, a maranhense cantava em casas noturnas que marcaram época nas noites cariocas. Nestas apresentações, seu abrangente repertório incluía diferentes gêneros da música brasileira, além de canções francesas, italianas e norte-americanas também presentes no rádio. Enquanto isso, o samba conquistava novos espaços na década de 1970. Em 1974, Clara Nunes viu sua carreira firmar-se nacionalmente com o disco ‘Alvorecer’, do sucesso de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/ Toninho Nascimento). No mesmo ano, Beth Carvalho obteve seu primeiro êxito como sambista com ...
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