Introspectivo e belo, o terceiro
álbum de estúdio de Maria Gadú marcou a mudança de rota na música da artista. Lançado pela gravadora Som Livre através do selo Slap, ‘Guelã’ é
intenso, menos pop e muito mais interessante do que os discos anteriores de Gadú. ‘obloco’ (Maria Gadú / Maycon Ananias), ‘Ela’ (Maria Gadú), a
regravação de ‘Trovoa’ – a ode à mulher composta por Maurício Pereira, lançada
em 2007 – e ‘Semivoz’ (Maria Gadú/ Maycon Ananias/ James McCollum) são
destaques do primeiro disco de Maria Gadú a entrar na minha discoteca.
“Quando eu não puder pisar mais na Avenida/ Quando as minhas pernas não puderem aguentar/ Levar meu corpo junto com meu samba/ O meu anel de bamba/ Entrego a quem mereça usar”. Ao lançar seu primeiro disco, ‘A voz do samba’, em 1975, Alcione viu os versos melancólicos de ‘Não deixe o samba morrer’ (Edson Conceição/ Aloísio Silva) ganharem o país, tornando-se o primeiro sucesso da jovem cantora. Radicada no Rio de Janeiro desde 1967, a maranhense cantava em casas noturnas que marcaram época nas noites cariocas. Nestas apresentações, seu abrangente repertório incluía diferentes gêneros da música brasileira, além de canções francesas, italianas e norte-americanas também presentes no rádio. Enquanto isso, o samba conquistava novos espaços na década de 1970. Em 1974, Clara Nunes viu sua carreira firmar-se nacionalmente com o disco ‘Alvorecer’, do sucesso de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/ Toninho Nascimento). No mesmo ano, Beth Carvalho obteve seu primeiro êxito como sambista com ...
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