No ano do centenário de Luiz Gonzaga (1912 –
1989), a gravadora Biscoito Fino coloca nas lojas ‘Forró do Boca’, álbum que
repõe em cena Paulinho Boca de Cantor. O baiano, que fez parte do grupo Novos
Baianos, enfileira composições autorais e clássicos como ‘Na base da chinela’
(Jackson do Pandeiro/ Rosil Cavalcanti), ‘O xote das meninas’ (Zé Dantas/ Luiz
Gonzaga) e ‘Sabiá’ (Zé Dantas/ Luiz Gonzaga) agrupados em pouts-pourris
temáticos. Instrumento com o qual Gonzagão ensinou ao país como se dança o
baião – e o xote, o coco e o xaxado, entre outros ritmos nordestinos –, a
sanfona passeia pelas 14 faixas do CD de forma burocrática. Embora correto, o
canto de Paulinho Boca de Cantor não chega a empolgar. Entre a mediana ‘Xote
cardiovascular’ (Carlinhos Vergueiro/ Paulinho Boca/ Carlinhos Marques) e a
equivocada ‘Seu preconceito’ (Luiz Caldas/ Paulinho Boca), o álbum carece do
reconhecido vigor do velho Gonzaga, a quem a faixa ‘Se Seu Luiz tivesse vivo’
(Luiz Caldas/ Paulinho Boca) é dedicada.
“Quando eu não puder pisar mais na Avenida/ Quando as minhas pernas não puderem aguentar/ Levar meu corpo junto com meu samba/ O meu anel de bamba/ Entrego a quem mereça usar”. Ao lançar seu primeiro disco, ‘A voz do samba’, em 1975, Alcione viu os versos melancólicos de ‘Não deixe o samba morrer’ (Edson Conceição/ Aloísio Silva) ganharem o país, tornando-se o primeiro sucesso da jovem cantora. Radicada no Rio de Janeiro desde 1967, a maranhense cantava em casas noturnas que marcaram época nas noites cariocas. Nestas apresentações, seu abrangente repertório incluía diferentes gêneros da música brasileira, além de canções francesas, italianas e norte-americanas também presentes no rádio. Enquanto isso, o samba conquistava novos espaços na década de 1970. Em 1974, Clara Nunes viu sua carreira firmar-se nacionalmente com o disco ‘Alvorecer’, do sucesso de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/ Toninho Nascimento). No mesmo ano, Beth Carvalho obteve seu primeiro êxito como sambista com ...
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