Lançadas oficialmente hoje pela gravadora Sony Music, apenas
no formato digital, na chamada edição “deluxe” de ‘Estratosférica’, ‘Vou buscar
você pra mim’ (Guilherme Arantes) e ‘Átimo de som’ (Arnaldo Antunes/ José
Miguel Wisnik), as duas inéditas que ficaram de fora do recente disco de Gal
Costa, já rodam entre os fãs há dias. Primeira composição de Guilherme gravada
por Gal, a bossa nova ‘Vou buscar você pra mim’ é, ao lado de ‘Quando você olha
pra ela’, a mais palatável das faixas. O autor de ‘Coisas do Brasil’ ratifica
sua via pop-mpbística na canção que renderia melhor com um arranjo mais
clássico. Já a etérea e conceitual ‘Átimo de som’ se revela uma belíssima
canção, ao falar do sentimento que o som pode causar, feita na medida para a
voz de Gal e encerraria ‘Estratosférica’ com precisão. Depois de ouvi-las e
aprecia-las, vem a inevitável pergunta: Por que as duas ficaram de fora se são
melhores do que muitas faixas irregulares, que diluem a beleza de
‘Estratosférica’?
“Quando eu não puder pisar mais na Avenida/ Quando as minhas pernas não puderem aguentar/ Levar meu corpo junto com meu samba/ O meu anel de bamba/ Entrego a quem mereça usar”. Ao lançar seu primeiro disco, ‘A voz do samba’, em 1975, Alcione viu os versos melancólicos de ‘Não deixe o samba morrer’ (Edson Conceição/ Aloísio Silva) ganharem o país, tornando-se o primeiro sucesso da jovem cantora. Radicada no Rio de Janeiro desde 1967, a maranhense cantava em casas noturnas que marcaram época nas noites cariocas. Nestas apresentações, seu abrangente repertório incluía diferentes gêneros da música brasileira, além de canções francesas, italianas e norte-americanas também presentes no rádio. Enquanto isso, o samba conquistava novos espaços na década de 1970. Em 1974, Clara Nunes viu sua carreira firmar-se nacionalmente com o disco ‘Alvorecer’, do sucesso de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/ Toninho Nascimento). No mesmo ano, Beth Carvalho obteve seu primeiro êxito como sambista com ...
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