‘Ao som dos planetas’, álbum que o compositor e multi-instrumentista
Alberto Continentino lança de forma independente, apresenta onze faixas
produzidas pelo artista e por Kassin. ‘Tic tac’, a faixa de abertura, é uma
parceria de Alberto e Moreno Veloso, outras três, ‘Sistema de som’, ‘Tudo’ e
‘Naufrago’, foram feitas a quatro mãos, com Domenico Lancellotti. A banda é
formada por Guilherme Monteiro (guitarras), Kassin (múltiplos instrumentos),
Stéphane San Juan (bateria e percussão), Domenico Lancellotti (percussão),
Arthur Dutra (vibrafone), Marlon Sette (trombone), Altair Martins (trompete e
fluel horn), Donatinho (piano) e Leo Gandelman (sax e flauta), entre outros.
Como se vê – e se ouve –, ‘Ao som dos planetas’ gira em torno da turma da cena
musical carioca, que vem ditando as regras da produção fonográfica
contemporânea. Contudo, o álbum difere de outros lançamentos, passando ao largo
dos tais barulhinhos – ruídos – que viraram sinônimo de modernidade entre os
descolados. A sonoridade de ‘Ao som dos planetas’ nos remete às trilhas de
cinema norte-americano da década de 1960, mas também há nítidas influências de
João Donato, além de certa bossa. Entre faixas instrumentais, como ‘Coragem’
(Alberto Continentino) e ‘Double dip’ (Alberto Continentino) e outras em que
Continentino divide os vocais com a mulher, Vivian Miller, ‘Ao som dos
planetas’ é um disco suave e agradável.
“Quando eu não puder pisar mais na Avenida/ Quando as minhas pernas não puderem aguentar/ Levar meu corpo junto com meu samba/ O meu anel de bamba/ Entrego a quem mereça usar”. Ao lançar seu primeiro disco, ‘A voz do samba’, em 1975, Alcione viu os versos melancólicos de ‘Não deixe o samba morrer’ (Edson Conceição/ Aloísio Silva) ganharem o país, tornando-se o primeiro sucesso da jovem cantora. Radicada no Rio de Janeiro desde 1967, a maranhense cantava em casas noturnas que marcaram época nas noites cariocas. Nestas apresentações, seu abrangente repertório incluía diferentes gêneros da música brasileira, além de canções francesas, italianas e norte-americanas também presentes no rádio. Enquanto isso, o samba conquistava novos espaços na década de 1970. Em 1974, Clara Nunes viu sua carreira firmar-se nacionalmente com o disco ‘Alvorecer’, do sucesso de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/ Toninho Nascimento). No mesmo ano, Beth Carvalho obteve seu primeiro êxito como sambista com ...
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