Diante de uma calorosa plateia, que lotou o Vivo Rio na noite de 22 de
agosto de 2014, Alcione voltou a apresentar o show ‘Eterna alegria’. No mesmo
palco onde estreou a atual turnê, em junho do ano passado, a cantora maranhense
deu voz às recentes ‘Eterna alegria’ (Júlio Alves, Ramirez, Carlos Jr./ Alex
Almeida), ‘Ogum chorou que chorou’ (Arlindo Cruz) e ‘Eh, eh’ (Djavan/ Zeca Pagodinho), entre outras, e relembrou o clássico ‘Pintura sem arte’ (Candeia). Se as composições de Jorge
Aragão saíram de cena, as duas pérolas assinadas por Fátima Guedes felizmente
foram mantidas. ‘Tanto que aprendi e amor’ e ‘Sete véus’ são números menos
óbvios, em que a voz potente de Alcione arrepia os mais atentos. Para a eterna
alegria da maioria, Marrom enfileirou sucessos românticos como ‘Pior é que eu
gosto’ (Isolda), ‘Mulher ideal’ (Michael Sullivan/ Carlos Colla) e ‘Você me
vira a cabeça’ (Chico Roque/ Paulo Sérgio Valle), além é claro, da matadora ‘A
loba’ (Paulinho Rezende/ Juninho Peralva), que levou o cúmplice público
feminino à loucura. Outro momento igualmente arrebatador foi o medley que uniu
‘O que eu faço amanhã’ (José Augusto) e ‘Meu vício é você’ (Chico Roque/ Carlos
Colla). A mulherada veio abaixo, como, aliás, acontece desde que Alcione
assumiu o posto de diva daquelas que amam demais.
“Quando eu não puder pisar mais na Avenida/ Quando as minhas pernas não puderem aguentar/ Levar meu corpo junto com meu samba/ O meu anel de bamba/ Entrego a quem mereça usar”. Ao lançar seu primeiro disco, ‘A voz do samba’, em 1975, Alcione viu os versos melancólicos de ‘Não deixe o samba morrer’ (Edson Conceição/ Aloísio Silva) ganharem o país, tornando-se o primeiro sucesso da jovem cantora. Radicada no Rio de Janeiro desde 1967, a maranhense cantava em casas noturnas que marcaram época nas noites cariocas. Nestas apresentações, seu abrangente repertório incluía diferentes gêneros da música brasileira, além de canções francesas, italianas e norte-americanas também presentes no rádio. Enquanto isso, o samba conquistava novos espaços na década de 1970. Em 1974, Clara Nunes viu sua carreira firmar-se nacionalmente com o disco ‘Alvorecer’, do sucesso de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/ Toninho Nascimento). No mesmo ano, Beth Carvalho obteve seu primeiro êxito como sambista com ...
Comentários