Coube a Caetano Veloso inaugurar a versão brasileira da
série ‘iTunes Session’, disponível a partir de terça-feira, 27 de maio de 2014,
na loja digital da Apple. Gravado ao vivo em estúdio, em outubro ao ano passado,
o álbum apresenta oito versões inéditas do incansável baiano. São músicas de diferentes épocas, já
registradas pelo artista. A exceção é ‘De manhã’ (Caetano, 1965), do disco de
estreia de Maria Bethânia. O belo samba sessentista
ganha sonoridade contemporânea, pontuada pela guitarra de Pedro Sá, um dos
vértices da Banda Cê, presente nos renovadores CDs lançados por Caetano a
partir de 2006. Sá injeta suingue em ‘13 de maio’ (Caetano, 2000), outro
destaque de ‘iTunes Session Caetano Veloso’, cuja primeira faixa, ‘Livros’
(Caetano, 1997) soa tão interessante quanto a gravação original. Os músicos Marcio
Victor (percussão), Danilo Tenebaum (baixo) e Nilton César (bateria) completam
o quarteto que acompanha Caetano neste trabalho. O violão do eterno discípulo
joãogilbertiano se sobressai em ‘Coração vagabundo’ (Caetano, 1967) e ‘Cu-cu-ru-cu-cu Paloma’ (Tomás
Méndez, 1954). Mais recente e menos sedutora das faixas, ‘Por quem?’ (Caetano,
2006) ecoa a gravação original do álbum ‘Cê’. Melhor se deliciar com as gravações
do raro ‘Samba da cabeça’ (Caetano, 1978) e da bela versão de ‘Lost in paradise’
(Caetano, 1969). Artista atemporal – assim como sua obra –, o velho baiano
mostra porque não é um mano qualquer.
“Quando eu não puder pisar mais na Avenida/ Quando as minhas pernas não puderem aguentar/ Levar meu corpo junto com meu samba/ O meu anel de bamba/ Entrego a quem mereça usar”. Ao lançar seu primeiro disco, ‘A voz do samba’, em 1975, Alcione viu os versos melancólicos de ‘Não deixe o samba morrer’ (Edson Conceição/ Aloísio Silva) ganharem o país, tornando-se o primeiro sucesso da jovem cantora. Radicada no Rio de Janeiro desde 1967, a maranhense cantava em casas noturnas que marcaram época nas noites cariocas. Nestas apresentações, seu abrangente repertório incluía diferentes gêneros da música brasileira, além de canções francesas, italianas e norte-americanas também presentes no rádio. Enquanto isso, o samba conquistava novos espaços na década de 1970. Em 1974, Clara Nunes viu sua carreira firmar-se nacionalmente com o disco ‘Alvorecer’, do sucesso de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/ Toninho Nascimento). No mesmo ano, Beth Carvalho obteve seu primeiro êxito como sambista com ...
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