Eternizadas
pelo famoso “clube” fundado por Milton Nascimento e companhia, as esquinas de
Minas Gerais continuam servindo de cenário para interessantes alquimias
musicais. Bossa Nova, pop, rock progressivo, folk e, claro, MPB são
ingredientes de ‘Vermelho’, bom álbum de estreia do Radiolaria, grupo
notadamente influenciado pelo som do Clube da Esquina. Pontuado por vigorosas
guitarras, consistentes melodias e harmonias acima da média, ‘Vermelho’ também
apresenta letras de forte apelo poético. Produzido por Thiago Corrêa e Henrique
Matheus, integrantes do grupo Transmissor, o disco pode ser baixado no site da
banda (www.radiolaria.com.br),
formada por Felipe Barros (voz e
guitarra), Felipe Xavier (voz, violão e guitarra), Luiz Eduardo Lobo (bateria e
percussão) e Wagner Costa (voz e baixo).
Nuances setentistas
colorem a maioria das faixas, que também dialogam com a música dos Beatles e o
rock de sotaque rural, sem perda de contemporaneidade. Faixas como ‘O menino
cresceu’ (Felipe Xavier/ Felipe Barros/ Tito Campos), ‘2009’ (Felipe Xavier/
Daniel Sadi), ‘Uma história dois caminhos’ (Felipe Barros) e ‘As palavras’
(Tito Campos/ Marcos San Roman) se destacam. Contudo, a balada folk ‘Pedaço de
papel’ (Felipe Barros) e o pop rock cativante ‘Cavaleiro errante’ (Felipe
Barros) são as melhores apostas radiofônicas.
“Quando eu não puder pisar mais na Avenida/ Quando as minhas pernas não puderem aguentar/ Levar meu corpo junto com meu samba/ O meu anel de bamba/ Entrego a quem mereça usar”. Ao lançar seu primeiro disco, ‘A voz do samba’, em 1975, Alcione viu os versos melancólicos de ‘Não deixe o samba morrer’ (Edson Conceição/ Aloísio Silva) ganharem o país, tornando-se o primeiro sucesso da jovem cantora. Radicada no Rio de Janeiro desde 1967, a maranhense cantava em casas noturnas que marcaram época nas noites cariocas. Nestas apresentações, seu abrangente repertório incluía diferentes gêneros da música brasileira, além de canções francesas, italianas e norte-americanas também presentes no rádio. Enquanto isso, o samba conquistava novos espaços na década de 1970. Em 1974, Clara Nunes viu sua carreira firmar-se nacionalmente com o disco ‘Alvorecer’, do sucesso de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/ Toninho Nascimento). No mesmo ano, Beth Carvalho obteve seu primeiro êxito como sambista com ...
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