Pular para o conteúdo principal

Klébi Nori festeja 15 anos de carreira em seu primeiro DVD


Cantora e compositora paulistana, Klébi Nori comemorou 15 anos de carreira em show na Casa das Caldeiras, em São Paulo, no dia 18 de maio de 2010. A gravação gerou CD/DVD ‘Klébi Nori ao vivo’, lançado em outubro pela gravadora Biscoito. O primeiro registro audiovisual da artista perfila canções dos cinco álbuns lançados por ela a partir de 1995, além da inédita ‘Área irrestrita’ (Klébi).
Guilherme Arantes toca piano e divide os vocais com Klébi em ‘Mania de possuir’, canção lançada por ele no disco ‘Calor’ (1986) e revisitada por ela no álbum ‘Escolhas’ (1999). A nova versão acústica da dupla carece da pegada pop que marcou a carreira de Arantes na década de 1980. Amigo de infância da cantora, Roger Moreira participa da faixa ‘Amor’, bolero mexicano de Ricardo Lopez Méndez e Gabriel Ruiz Galindo que ganhou versão do próprio vocalista da banda Ultraje a Rigor.
‘Salve linda canção sem esperança’ (Luiz Melodia, 1974), gravada por Klébi no disco que levou seu nome em 1995, também reaparece. O CD traz os registros de estúdio de ‘Maria do futuro’ (Taiguara, 1970) e da autoral ‘Lua morta’. Intérprete segura, de timbre grave, Klébi investe pesado em suas próprias composições desde que surgiu na cena musical. Talvez por isso ‘Klébi Nori ao vivo’ soe tão linear, agradando aos fãs mais devotados da cantora.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A voz do samba - O primeiro disco de Alcione

  “Quando eu não puder pisar mais na Avenida/ Quando as minhas pernas não puderem aguentar/ Levar meu corpo junto com meu samba/ O meu anel de bamba/ Entrego a quem mereça usar”. Ao lançar seu primeiro disco, ‘A voz do samba’, em 1975, Alcione viu os versos melancólicos de ‘Não deixe o samba morrer’ (Edson Conceição/ Aloísio Silva) ganharem o país, tornando-se o primeiro sucesso da jovem cantora. Radicada no Rio de Janeiro desde 1967, a maranhense cantava em casas noturnas que marcaram época nas noites cariocas. Nestas apresentações, seu abrangente repertório incluía diferentes gêneros da música brasileira, além de canções francesas, italianas e norte-americanas também presentes no rádio. Enquanto isso, o samba conquistava novos espaços na década de 1970. Em 1974, Clara Nunes viu sua carreira firmar-se nacionalmente com o disco ‘Alvorecer’, do sucesso de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/ Toninho Nascimento). No mesmo ano, Beth Carvalho obteve seu primeiro êxito como sambista com ‘1...

Galeria do Amor 50 anos – Timóteo fora do armário (ou quase)

  Agnaldo Timóteo lançou o disco ‘Galeria do amor’ em 1975. Em pleno regime militar, o ídolo popular, conhecido por sua voz grandiloquente e seu temperamento explosivo, ousou ao compor e cantar a balada sobre “um lugar de emoções diferentes/ Onde a gente que é gente/ Se entende/ Onde pode se amar livremente”. A canção, que se tornaria um sucesso nacional, foi inspirada na famosa Galeria Alaska, antigo ponto de encontro dos homossexuais na Zona Sul carioca – o que passaria despercebido por boa parte de seu público conservador. O mineiro de Caratinga já havia suscitado a temática gay no disco ‘Obrigado, querida’, de 1967. A romântica ‘Meu grito’, feita por Roberto Carlos para a sua futura mulher, Nice, ganhou outras conotações na voz poderosa de Timóteo. “Ai que vontade de gritar seu nome, bem alto no infinito (...), só falo bem baixinho e não conto pra ninguém/ pra ninguém saber seu nome, eu grito só ‘meu bem'”, canta Agnaldo, que nunca assumiria sua suposta homossexualidade. ...

'Se dependesse de mim', um disco com a inconfundível marca de Wilson Simonal

               Lançado em 1972, ‘Se dependesse de mim’ marcou a estreia de Wilson Simonal na gravadora Philips. Ídolo inconteste nos anos 1960, Simonal buscava renovação. Para isso, os produtores Nelson Motta e Roberto Menescal optaram por um repertório essencialmente contemporâneo.             A faixa-título (Ivan Lins/Ronaldo Monteiro de Souza) traz versos simbólicos para o momento vivido por Simonal, como “Quero brisas e nunca vendavais”. O samba ‘Noves fora’ (Belchior/Fagner), gravado por Elis Regina, mas deixado de fora de seu LP de 1972, ganhou versão cheia de suingue de Simonal. ‘Expresso 2222’ (Gilberto Gil) circulava na voz de seu compositor e teve seu segundo registro, cujo arranjo passeia por diferentes ritmos. A melodiosa ‘Irmãos de sol’ (Marcos/Paulo Sérgio Valle) intui futuros dias mais bonitos. Em ‘Maria’ (Francis Hime/Vinicius de Moraes), Simonal revive a canção que defendeu ...