‘Liberdade aparente’ é segundo disco do jovem cantor e compositor paulistano Márcio Lugó. Produzido por Lugó e Rafa Moraes, o álbum dá prosseguimento às reflexões propostas em ‘Desacelera’, disco de estreia de Márcio, de 2010. Lançado de forma independente ‘Liberdade aparente’ mistura sons eletrônicos (programações, moog, efeitos) e acústicos (violão, acordeom, flauta) para falar sobre as inquietações da vida urbana em músicas como a faixa-título (“Cada vez mais dispositivos/ofuscando o nosso alvor”) e ‘Trégua’ (Márcio Lugó/Helena Margarida), que termina citando ‘Quadro negro’, contundente retrato das mazelas da cidade grande, de autoria de Lenine e Carlos Rennó: “O que prometeu não cumpriu/o fogo apagou a luz extinguiu”. Outro momento relevante é ‘Promessas’ (Márcio Lugó), suingada faixa aquecida pelos metais (trompete/trombone) de Natan Oliveira. É evidente o cuidado com os arranjos que imprimem inegável contemporaneidade ao álbum, que pode ser ouvido no site do artista (clique aqui).
“Quando eu não puder pisar mais na Avenida/ Quando as minhas pernas não puderem aguentar/ Levar meu corpo junto com meu samba/ O meu anel de bamba/ Entrego a quem mereça usar”. Ao lançar seu primeiro disco, ‘A voz do samba’, em 1975, Alcione viu os versos melancólicos de ‘Não deixe o samba morrer’ (Edson Conceição/ Aloísio Silva) ganharem o país, tornando-se o primeiro sucesso da jovem cantora. Radicada no Rio de Janeiro desde 1967, a maranhense cantava em casas noturnas que marcaram época nas noites cariocas. Nestas apresentações, seu abrangente repertório incluía diferentes gêneros da música brasileira, além de canções francesas, italianas e norte-americanas também presentes no rádio. Enquanto isso, o samba conquistava novos espaços na década de 1970. Em 1974, Clara Nunes viu sua carreira firmar-se nacionalmente com o disco ‘Alvorecer’, do sucesso de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/ Toninho Nascimento). No mesmo ano, Beth Carvalho obteve seu primeiro êxito como sambista com ...
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