Lançado pela gravadora Som Livre em outubro de 2013, o
quarto disco solo de Sergio Britto, ‘Purabossanova’, traz a famosa batida de
violão, nova bossa surgida no final dos anos 1950, em apropriado formato pop. O
autor de vários sucessos do (atual) quarteto Titãs, troca, momentaneamente, o
peso do rock’n’roll pelo doce balanço
do gênero musical nascido no Rio de Janeiro, também sua terra natal. Fazendo
bossa à sua maneira, Britto se destaca principalmente como compositor em faixas
como ‘Completamente triste’, ‘Como iguais’ e ‘Purabossanova’, realçadas pelas
elegantes participações de Alaíde Costa, Luiz Melodia e Rita Lee,
respectivamente. Uma das raízes da Bossa Nova, o samba está presente em ‘Maria
(l’autre chienne)’, cantada em dueto com Roberta Sá. O álbum produzido por
Guilherme Gê e Emerson Villani vai além da ensolarada orla da Zona Sul carioca,
trilhando o pop mexicano de Julieta Venegas (‘Lento’) e do argentino Charly
García (‘Cancion para mi muerte’). A mítica Evita Perón é inspiração para a triste
e bela ‘La momia inquieta (a canção)’, composta em espanhol e gravada com as
participações da cantora argentina Eugenia Brusa e do violonista uruguaio Toto
Mendez. ‘Purabossanova’ chega ao fim com
‘Morning (Uma mañana), do compositor norte-americano Clare Fisher, mostrando
que a bossa de Sergio Britto é genuinamente plural, como a própria Bossa Nova.
“Quando eu não puder pisar mais na Avenida/ Quando as minhas pernas não puderem aguentar/ Levar meu corpo junto com meu samba/ O meu anel de bamba/ Entrego a quem mereça usar”. Ao lançar seu primeiro disco, ‘A voz do samba’, em 1975, Alcione viu os versos melancólicos de ‘Não deixe o samba morrer’ (Edson Conceição/ Aloísio Silva) ganharem o país, tornando-se o primeiro sucesso da jovem cantora. Radicada no Rio de Janeiro desde 1967, a maranhense cantava em casas noturnas que marcaram época nas noites cariocas. Nestas apresentações, seu abrangente repertório incluía diferentes gêneros da música brasileira, além de canções francesas, italianas e norte-americanas também presentes no rádio. Enquanto isso, o samba conquistava novos espaços na década de 1970. Em 1974, Clara Nunes viu sua carreira firmar-se nacionalmente com o disco ‘Alvorecer’, do sucesso de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/ Toninho Nascimento). No mesmo ano, Beth Carvalho obteve seu primeiro êxito como sambista com ...
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